domingo, 26 de fevereiro de 2012

Dia

Aos olhos da vida enxerga-se a dor
Impiedosa...injusta
Curta e grossa como o pôr-do-sol
que diz adeus ao ontem seguro
e espera o temido amanhã
que de manhã clareia
como manha irritante
que não para, prossegue
nas "manhas" da vida
entre arte e manha
calmamente veloz
entre décimos e centésimos
entre minuto e hora
o anoitecer devora
meus frios sentimentos mortos
tão sem vida quanto eu
esperando uma doação de alma.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O início

Mente além-mar

Navegando pelo profundo
Atravesso mares e marés
Sigo a correnteza do insano
Temendo que me tirem o que eu amo
Julgado louco de um mundo normal
Habitado por habitantes que habitam o real
Mas também aceitam dólar
Porém não são pedintes
Não passam de ouvintes com a mente bloqueada
População alienada
Que não canta e não dança por si
Só participam de peças teatrais
Fantoches expostos de uma maneira ridícula
Com tarjas nos olhos e um sorriso marcado
Não enxergam, não ouvem, não sentem...
Mas ainda assim são habitantes do “mundo normal”
Do qual não faço parte e aos seus olhos sou assim
Louco, insano, desvairado sem nenhum plano
Simplesmente por sonhar, cantar e dançar quando quero
Sorrir, abrir a boca, me movimentar sem ligar para o Clero
Será que sou louco?
Talvez até seja...
Se aos olhos do mundo sou assim
Habitantes alienados, não tenham pena de mim!
Pois meus pensamentos eu sempre sigo
Eu canto, eu danço, eu penso, eu vivo